Fotovoltaica
As energias renováveis são o presente e, ao mesmo tempo, o futuro da produção mundial de eletricidade.
Produzir cada vez mais energia renovável e abandonar as fontes convencionais é uma necessidade compartilhada por todos os países do mundo. De acordo com os dados do último relatório da International Renewable Energy Agency (IRENA), em 2019 as energias renováveis cobriam apenas três quartos da nova capacidade global de energia. Hoje em dia, a energia verde contribui com mais de um terço do total à produção mundial de eletricidade.
O uso cada vez mais difundido de fontes renováveis deve-se ao melhoramento contínuo das técnicas de produção: as instalações de produção de energia tornan-se cada vez mais eficientes e fazem com que esse tipo de eletricidade seja competitivo no mercado. Recorrer às energias sustentáveis é vantajoso para usos industriais e residenciais.
Os painéis solares, tal como o nome indica, produzem eletricidade a partir da energia do sol.
O que significa que a quantidade de eletricidade gerada vai depender da quantidade de radiação solar.
A radiação solar existe durante todo o ano, razão pela qual um painel solar produz energia durante todo o ano. No entanto, no inverno, em que o período diurno é menor, ou num dia chuvoso, carregado de nuvens, vai produzir menos energia do que no verão que, normalmente são dias de sol radioso.
É por esta razão que os níveis de produção dos painéis solares são maiores entre maio e agosto.
Para tirar o maior partido de um sistema de energia solar, é essencial realizar uma avaliação pormenorizada para obter um correto dimensionado do equipamento a instalar.
Normalmente, os painéis solares são instalados num telhado, terraço ou no solo, mas é importante avaliar bem o local da instalação, dado que este está condicionado a fatores como a exposição solar, é importante ter em conta que a produção será maior nas horas em que os painéis estiverem mais expostos à radiação solar.
Para a instalação dos painéis solares necessita de um espaço de aproximadamente 2 m2 e deve estar o mais exposto ao sol possível – ou seja, o local onde pretende instalar os painéis não deve ter sombras, sob pena de afetar a produção de energia.
Cada painel, e incluindo a estrutura necessária à sua instalação, pode chegar a pesar aproximadamente 25kgs e, portanto, o local escolhido para a sua instalação tem de ser capaz de suportar este peso.
Deveres legais para quem produz a sua energia
A lei que regula o autoconsumo de energia é o Decreto-Lei n.º 15/2022, de 14 de janeiro.
Potências de UPAC: comunicação, registo ou licença :
Igual ou inferior a 700 W: isento de controlo prévio, desde que não esteja prevista a injeção de excedente na RESP (Rede Elétrica de Serviço Público);
Entre 700 W e 30 kW: sujeita a comunicação prévia;
Entre 30 kW e 1 MW: sujeita a registo prévio e certificado de exploração;
Superior 1 MW: sujeita a atribuição de licença de produção e de exploração.
Os custos de um sistema para autoconsumo variam muito consoante o tipo e potência escolhidos.
Os custos são apenas iniciais, sendo quase nulos os custos relacionados com a manutenção - é preciso apenas efetuar a limpeza regular dos painéis, para garantir que funcionam da forma mais eficaz. Adicionalmente, os painéis solares têm garantias muito extensas, normalmente entre os 10 a 25 anos.
Além disso, a partir de 1 de julho de 2022, os painéis solares passaram a ter o IVA a 6%, em vez de 23%.
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Solar Térmica
Sabia que é possível utilizar a energia solar para aquecer a água do seu banho? Pois é, a energia solar térmica pode ser utilizada no aquecimento de águas para residências, empresas e até mesmo a indústria, contribuindo para a redução da fatura com energia.
Estes sistemas de energia podem ser aplicados ao aquecimento de piscinas cobertas e descobertas, apoio ao aquecimento central (em sistema de baixa temperatura, ex. pavimento radiante) e aquecimento de águas quentes sanitárias em moradias aplicando sistemas individuais ou colectivos no caso dos edifícios.
Benefícios:
- Quantidades inesgotáveis de energia grátis.
- Sem emissões de CO2 no funcionamento.
- Poupanças:: mais de 60% no aquecimento de água e até cerca de 35% no aquecimento ambiente.
- Redução no consumo de combustíveis fósseis.
- Os sistemas solares térmicos podem ser integrados em sistemas existentes.
- Os sistemas modernos são eficientes mesmo no inverno.
Como funciona:
O princípio de funcionamento do sistema solar térmico é bastante simples:
- a radiação solar que incide sobre a cobertura de vidro, que compõe a parte superior do painel solar, transfere-se sob a forma de calor para o fluido circulante no interior dos tubos que constituem o painel.
- Esse fluido após sofrer o aquecimento, circula em circuito fechado e transfere o calor através da serpentina do depósito para a água aí acumulada, aquecendo-a.
- A circulação do fluido é gerida e controlada pelo regulador solar e pelo grupo de circulação, em função das temperaturas registadas na medição.
Um sistema solar térmico fornece, de acordo com a media anual, mais de 60% da energia necessária para o aquecimento da água.
Energia solar para apoio ao aquecimento:
Além da produção de água quente sanitaria, o sistema solar térmico pode ser utilizado no apoio ao sistema de aquecimento.
Este método fornece apoio ao funcionamento do aquecimento e possui elevado potencial de poupança.
Assim, mesmo com temperaturas moderadas, o gerador de calor (caldeira ou outro) ir+á permanecer desligado com mais frequência, graças ao apoio do sistema solar.
O centro desta solução é o depósito combinado, isto é, um depósito de inércia em conjunto com um depósito de água quente. Se houver radiação solar suficiente, o fluido do sistema solar aquece a água no depósito de inércia através do permutador de calor inferior. Se a temperatura baixar, por exemplo em caso de um consume prolongado de água quente, então o gerador de calor será ligado através do circuito secundário. Irá então dar o aquecimento adicional à água.
Sistemas solares térmicos:
Sistema solar termossifão
Nos sistemas termossifão o depósito é instalado diretamente sobre os painéis, na horizontal, e a água do circuito solar troca calor com a água do circuito secundário (água sanitária) por efeito de estratificação térmica.
O sistema termossifão não permite a ligação de um apoio por caldeira, apenas uma resistência elétrica poderá ser utilizada como apoio à produção de AQS no depósito horizontal, no entanto é frequente encontrar sistemas termossifão associados a esquentadores ou caldeiras mistas instantâneas, que recebem a água pré-aquecida do sistema solar e apenas elevam a temperatura da água até à temperatura desejada pelo utilizador.
Este tipo de sistemas é frequentemente instalado quando existem limitações em termos de espaço, quer na cobertura quer na zona técnica do edifício. É um sistema compacto, simples e de baixo custo, sendo comercializado em kits com suportes de cobertura plana ou de telhado inclinado.
Sistema solar forçado
O sistema solar forçado é composto por painéis, estruturas de suporte e ligações, grupo de impulsão, vaso de expansão e centralina de controlo. É frequentemente comercializado na forma de um kit completo que facilita e poupa espaço numa instalação. Os sistemas forçados necessitam de um grupo de impulsão que force o líquido, água com anticongelante (etilenoglicol ou propilenoglicol), a circular através dos painéis e a absorver o calor gerado pelos mesmos.
A água quente sanitária, produzida no sistema forçado, é armazenada num termoacumulador independente, que pode ser adaptado às especificações de cada instalação.
Um termoacumulador é um reservatório de água de consumo, no qual a água é aquecida por via do sistema solar ou de um apoio (resistência, caldeira, bomba de calor, etc…). Os termoacumuladores são fabricados com o intuito de suportar a corrosão constante que o oxigénio dissolvido na água causa nos metais.
O tipo de material que constitui o termoacumulador, bem como o tratamento ou revestimento do mesmo, determina quais as águas que este suporta, tornando possível a instalação de sistemas forçados mesmo com águas de furo, que poderiam corroer facilmente um depósito de um termossifão.
Contrariamente, o sistema forçado permite uma total integração com o sistema de produção de AQS e de apoio ao aquecimento. Através da central de controlo é possível direcionar a energia captada nos painéis solares, na forma de um fluido quente, para onde essa energia é necessária, em qualquer instante do dia.